Principe Albert II abre a Exposição de Grace Kelly

27 de março de 2012

No mesmo período em que o mundo noticiou sobre Kate Middleton, a plebéia que virou Princesa, a FAAP recebe uma exposição que reconta a vida da atriz que abandonou o glamour de Hollywood para embarcar num conto de fadas verdadeiro, como Princesa de Mônaco.

Depois de passar por Monte Carlo, Paris e Roma, a exposição Os Anos Grace Kelly, com curadoria de Fredéric Mitterrand, atual ministro da Cultura da França, chegou ao Brasil e foi recepcionada pelo próprio filho da musa.

O Príncipe Albert II abriu a mostra que reúne cerca de 900 objetos pessoais da princesa e em apenas uma hora, percorreu o local, cortou a faixa inaugural e foi embora, deixando para a imprensa apenas os acenos de mão na escadaria da FAAP.

Horas após a abertura da exposição, ao chegar na residência dos banqueiros Vick e Joseph Safra que abriram a casa para um jantar em torno da realeza de Mônaco, o Príncipe Albert falou muito rápido sobre a Fundação Príncipe Albert II, criada por ele em 2006, que visa à proteção do meio ambiente, a preocupação com o desenvolvimento sustentável. Quando foi questionado sobre capitação de recursos brasileiro a resposta foi incisiva:

“O principal motivo da minha vinda foi inaugurar da exposição Os Anos Grace Kelly, Princesa de Mônaco, montada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em parceria com o Grimaldi Forum de Mônaco, além de rever essas peças que foram usadas pela minha mãe. Para mim é muito emocionante, porque conheço praticamente tudo, reconheço quase todos os seus vestidos e jóias. Eu os vi em situações diferentes e essas memórias voltam”.

Mas não foi apenas o Príncipe Albert que a exposição trouxe de Mônaco. Antes dele, vieram as fotografias, capas de revistas dos anos 50, vídeos pessoais, filmes, vestidos, joias, acessórios, quadros, cartas que a princesa escrevia e recebia de amigos como rainha Elizabeth, Greta Garbo, Frank Sinatra, Alfred Hitchcock e Jacqueline Kennedy, todos conservados e organizados pelo Palácio Principesco.

Também jóias e bolsas, entre elas a lendária bolsa Hermès que foi batizada com seu nome.

Durante a visita à exposição, o público terá a oportunidade de ver registros da infância e juventude de Grace na Filadélfia, da sua carreira bem-sucedida como atriz, de seu casamento com o príncipe Rainier III e de seu destino como princesa. Para isso, a mostra traça a linha do tempo de Grace Kelly, dividindo o acervo exposto em 14 salas.

A primeira delas, batizada de Filadélfia, apresenta fotografias de Grace quando criança e dos seus momentos em família, além de exibir o álbum em que ela, quando adolescente, escrevia lembranças de sua vida cotidiana.

Mas é a a sala de baile o endereço certo dos Fashionistas, que vão viajar no tempo e entrar na história de Grace ao encontrar os vestidos usados por ela nas festas do Principado, com assinaturas de Balenciaga, Christian Dior e Chanel, bem como as jóias, tiaras, colares, bolsas e anéis cobertos de pedras preciosas de Cartier, Van Cleff e Chopard.

Entre as peças mais importantes está seu suntuoso vestido de casamento. O estilo clássico e a beleza emblemática que fizeram da atriz americana Grace Kelly uma lenda no cinema e na realeza de Mônaco e inspiração para a realeza britânica.

Ela sempre foi reconhecida como ícone da moda. Vários estilistas dizem que o vestido de casamento de Kate Middleton foi inspirado no de Grace Kelly, que também está na mostra.

Para Maria Izabel Branco Ribeiro, diretora do museu, o estilo clássico de Grace Kelly é um exemplo na história da moda.

Dos estúdios em Hollywood, em pouco tempo Grace Kelly conquistou o mundo. Em cinco anos de carreira fez 11 filmes, entre eles Janela Indiscreta e Ladrão de Casaca, também de Alfred Hitchcock, de quem era musa, mas foi por sua atuação que ganhou um Oscar de melhor atriz em Amar é Sofrer. A estatueta legítima está em São Paulo.