Fomos ouvir quem entende do assunto para clarear as ideias!

 

 

Uns acreditam  que os preços vão cair, já outros acham que não existe desaceleração nas principais cidades do Brasil; há quem pense ainda que o momento é bom para comprar um imóvel residencial. Na verdade, as perspectivasdependem muito do objetivo que a pessoa tem para o imóvel. Mas num cenário imobiliário de incertezas, as palavras de ordem para alguns tem sido INVESTIR ou ESPERAR.

 

*Crise no mercado de luxo

Segundo dados da Gurgel do Amaral Consultoria de Imóveis, o mercado imobiliário de luxo no Brasil pode ter boas perspectivas no futuro. Os índices confirmam  que quase metade da população de milionários do Brasil está em São Paulo e tem o potencial para gerar 4 bilhões e 600 mil reais nos próximos cinco anos no Brasil.

No entanto, para Marcelo Gurgel do Amaral*, dono da consultora e conhecido como ‘o corretor das estrelas’, o Pais vive uma crise muito séria e duradoura.

” Os imóveis de luxo estão estacionados e a tendência é continuar assim, porque os brasileiros não estão comprando nada aqui”, comenta o empresário, ao informar que as pessoas que já moram bem estão vendo a crise passar. Aqueles que querem fazer algum tipo de investimento, fazem fora do Brasil, porque se sentem mais seguros com a economia. “… De modo geral, o brasileiro está procurando oportunidades  de compra em Nova York, Espanha e Portugal…”, finaliza.

 

 

O corretor das estrelas coloca os clientes a bordo de um helicóptero para avaliarem o imóvel… Quer mais personificação? Marcelo prefere trabalhar no estilo autônomo e comenta que os corretores de alto padrão não colocam anúncios para vender os imóveis, mas procuram compradores em potencial em meio aos próprios contatos. Abordagens como esta, encantam o consumidor, pois oferecem a personificação e identidade que eles querem, além da distinção e o relacionamento exclusivo com o cliente.

Para a corretora Maria Wolfell, da AG1 Imobiliária, com sede na Vila Mariana, em São Paulo, quem tem condições financeiras de investir em um imóvel seja para compra ou aluguel, deve fazê-lo; pois ainda é a melhor forma de ver o dinheiro crescer.

“Imóvel é algo que não desvaloriza. Atualmente, o número de imóveis desocupados aumentou tanto para locação quanto para a venda. A grande maioria das pessoas ainda compra para morar. Mas o número de investidores também aumentou devido a instabilidade da economia do país, que está gerando um certo medo de ficar sem recursos futuramente”, comenta.

 

 

Para os brasileiros que vivem nas grandes capitais, os imóveis residenciais estão caros. Maria afirma os preços ainda não deram sinal de desaceleração. “Penso que os preços dos imóveis estabilizaram. Cair, cair, não. Há apenas uma flexibilização maior na hora de fechar o negócio”.

A valorização alcançou taxas surpreendentes ao longo dos anos no País. No ano de 2009 os imóveis tiveram alta de 22%, a terceira maior do planeta. Em 2010, a valorização alcançou os 25%, colocando o Brasil no primeiro lugar das maiores altas. E com o passar dos anos, o mercado imobiliário brasileiro tornou-se o mais caro da América Latina.

 

 

* Um dos principais nomes do mercado imobiliário de luxo em São Paulo. Os quase 40 anos de atuação trouxeram a Gurgel uma carteira de clientes bem especiais: celebridades, empresários e grandes executivos dos quais ele faz questão de manter sigilo.