O BSOP Millions (Brazilian Series of Poker), ou simplesmente a etapa final do Campeonato Brasileiro de Poker, trouxe na noite da última quinta-feira (24/11), uma ação inédita focada em atletas olímpicos e paralímpicos. O objetivo é mostrar que o poker é uma das únicas modalidades em todo o mundo que não há distinção entre os competidores, muito menos limitação.

Prova disso é que, durante o torneio, um baralho especial em braile foi desenvolvido para atender à necessidade dos atletas Mizael Conrado e Sandro Rodrigues (ambos medalhistas no futebol de 5) que são cegos.

Além deles, Maurren Maggi (atletismo), Rodrigão e Fofão (vôlei), Felipe Claro e Arthur Bergo (rugby) e Bianca Rodrigues (hipismo), Israel Stroh (tênis de mesa), Yohansson Nascimento (para-atletismo), Verônica Hipólito (para-atletismo), Renato Leite (vôlei sentado), também fizeram parte do torneio. O jogador de poker Vinicius Silva, que nasceu com paralisia cerebral, foi outro a estar presente.

Os atletas tiveram uma aula básica com o jogador de poker profissional e Team Pro do PokerStars, Felipe Mojave, antes do torneio se iniciar e foram apresentados um a um sob aplausos de todo o salão que ficou em pé para referenciar os competidores. Já com a disputa em andamento, o clima era descontraído e de muita atenção a tudo o que acontecia durante as mãos.

“Diferente de qualquer outro esporte no mundo, não precisamos ter um para-poker. Aqui, nas nossas mesas, todos os competidores são iguais e nenhum tipo de deficiência limita o jogador durante os torneios. E nesta noite estamos provando isso colocando essas grandes estrelas para jogarem em um mesmo ambiente“, comentou Igor Trafane Federal, presidente da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold’em).

Ao final das disputas, melhor para Maurren Maggi que superou seus 13 oponentes e ficou com o título ao vencer na final, Yohansson Nascimento. Com a conquista, Maurren faturou um pacote completo com acompanhante para um dos destinos turísticos do BSOP em 2017. Verônica Hipólito completou o pódio. Além disso, todos os competidores presentes ganharam brindes exclusivos dos patrocinadores do evento.

“A iniciativa do torneio foi perfeita e abracei a causa assim que recebi o convite. O jogo foi duro, porque atleta tem um poder de concentração impressionante, mas gostei demais. E dessa vez consegui, enfim, cravar um torneio do BSOP, já que estou sempre participando dos eventos, mas nunca tinha chego ao título” comentou a campeã com um sorriso estampado no rosto.

O desafio dos atletas foi uma ação realizada em parceria entre a CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold’em), a CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e o PokerStars (maior player do mercado em todo o mundo).