Alexandre Iódice desfila nas livrarias
De lá para cá, Alexandre começou a mostrar que Moda com Responsabilidade Social era um modelito básico para grife e passou a incluir matérias primas da região Amazônica em suas coleções.
Com inspiração nas riquezas naturais da região, o estilista criou casacos que continham botões de tucumã, sapatos produzidos com couro de jacaré e tops com detalhes de couro de peixe.
A matéria prima passou a gerar renda para as comunidades ribeirinhas. O peixe foi um dos exemplos. A população comia a carne e descartava a pele gerando diariamente mais de uma toneladas de lixo. Agora, a pele é usada para criar bolsas.
Para a marca chegar a esse resultado, Alexandre não percorreu apenas passeios maravilhosos de barco escoltado por botos. O empresário percorreu um caminho longo e árduo. Em parceria com o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), ele conheceu algumas das 41 áreas chamadas de Unidades de Conservação do Estado, que hoje somam 19 milhões de hectares protegidos.
Veja que desfilou no Lançamento do livro de Alexandre Iódice:
Alexandre também ajudou a montar oficinas de capacitação para ensinar a comunidade local a praticar o manejo e o extrativismo a partir da exploração controlada da fauna e da flora amazonense.
E não parou pro aí… Levou a empresa gaúcha Péltica, que trabalha com couro e pele exótica, para ensinar os frigoríficos e os pescadores a removerem e armazenarem a pele do peixe corretamente. Da fauna e da flora local vieram algumas estampas significativas, como o couro de peixe e de jacaré.
Essa experiência amazonense é a personagem principal do livro AMA, que pretende mostrar ao mundo que é possível fazer algo pelo planeta e chamar a atenção de outros setores da economia, como joalherias, arquitetos e decoradores, para usufruir e contribuir na criação de um produto sustentável.
O livro está sendo vendido por R$ 80,00 e a renda será revertida para a unidade de conservação da reserva extrativista do Rio Gregório, área com mais de 477 mil hectares, que faz fronteira com o Acre e as terras indígenas Kulina, Kanamari e Kaxinawá no Médio Juruá.
A mesma consciência que Alexandre herdou do seu pai Valdemir Iódice, ele garante que está passando para seu filho. Na casa dele e de sua mulher, Adriane Galisteu, não entra sacos plásticos de supermercado. ”Levamos a nossa sacola para fazer as compras. E claro, dou preferência aos produtos com perfil sustentável”, diz ele, que acredita que as gerações futuras terão mais consciência sobre o tema. ”Quero passar esse cuidado com o meio ambiente para meu filho, Vittorio (seis meses). Isso é fundamental para o futuro do planeta.