A Cartier que criou a primeira linha de relógios de pulso para homenagear o aviador Santos Dumont, mostra  que é hora certa de investir no Brasil. A marca transferiu a antiga loja do Jardins, da rua Haddock Lobo,  para o shopping Cidade Jardim, ao lado das  instalações da Fendi e Valentino.

A mudança de endereço faz parte da estratégia da grife em transferir as lojas das ruas para  os pontos de vendas em shopping centers.

Simultaneamente ao lançamento da loja em Paris, a inauguração no Brasil movimentou a noite paulistana. A festa da joalheria contou com quatro mil balões vermelhos que liberados voaram até o teto branco.

No palco, o  pockey show ficou por conta de Marina de La Riva. Usando um brinco candelabro da grife, a neo diva, filha da revolução cubana, com pai cubano e mãe mineira,  mostrou que tem familiaridade mesmo é com a França ao interpretar musicas francesas.

O ápice do evento foi quando uma mega  caixa de jóia com quatro metros de altura,  revestida de veludo alemão,  da cor da marca saiu do piso com as Top Models Cintia Diecker, Fabiana Semprebom, Carmelita e Loris Kraemerch usando as peças do lançamento da joalheria.

A chegada da tradicional Caixa Vermelha com trilha sonora de suspense, foi seguida da retirada dos tecidos que imediatamente revelaram ao público  a abertura das portas da  primeira boutique-conceito da Cartier no Brasil, que já usa estratégias para garantir uma fatia do mercado de luxo no País.

“.. a decisão de investir no País é porque queremos nos aproximar ainda mais  dos nossos clientes brasileiros”,  afirma o presidente da Cartier para América Latina, Juan Carlos Delgado, ao antecipar que tanto os relógios e jóias custarão no Brasil apenas 15% a mais do que custam na Europa e cerca de 20% sobre o preço dos Estados Unidos.

Segundo os dados da Conultoria Millward Brown Optimor, a Cartier está na sétima posição das marcas de luxo mais valiosas do mundo. Em 2012 o valor chegou a US$ 4,8 bilhões. Com peças que vão de R$ 1 mil a R$ 300 mil, no Brasil  o tíquete médio da marca  é de R$ 15 mil, equivalente ao das rivais Louis Vuitton e Tiffany, mas todo o  reposicionamento da Cartier em solo brasileiro está nas mãos do francês Maxime Tarneaud.

Nomeado como Country Manager, ele está no Brasil há seis anos. Acumulando passagens pela Louis Vuitton e pelo grupo Iguatemi, Maxime marcou a trajetória profissional no Brasil, trazendo  grifes como Diane von Furstenberg e Louboutin.

Na grife francesa, o diretor da marca no Brasil mostra empolgação e atendimento diferenciados. ” A nova loja da joalheria passa a investir em serviços que eram destinados apenas às butiques mais relevantes do mundo, como as de Paris, Londres e Nova York”, comenta  ao informar que será possível para o cliente montar a joia com as características do diamante que quiser, fazendo o brasileiro vivenciar a mesma experiência ao comprar a jóia no exterior”. Finaliza messiê Tarneaud.

O espaço físico da loja Cartier manteve a elegância e sofisticação. Projetado pelo arquiteto francê Bruno Moianard, a loja butique tem janelas e fachada emolduradas com um mármore preto em um ambiente glamuroso e intimista de 280m².

Na parte interna foi criado uma área VIP para as noivas decoradas com fotos da Grace Kelly, que é o cenários dos vários modelos de aliança de casamento. Em outro espaço da loja, foram colocados retratos do aviador brasileiro Santos Dumont fazendo referência aos relógios da marca batizados de Santos.

Enquanto o mailing de convidados ficou por conta de Fernanda Barbosa, a mega produção cenográfica foi de Carlos Pazetto que serviu de cenário para a gerente da loja do shopping Cidade Jardim, Daniela Morgati,  pousar para uma foto no celular  exibindo o colar de safiras multicoloridas e diamantes da nova coleção da alta joalheria.

Enquanto a jornalista Natasha Olsen olhava as joias,  o namorado Javier Bordaberry comentou que a boutique-conceito  agradou também o publico masculino e  veio para mudar a relação do cliente com a Cartier destinando uma  área exclusiva para homens.

“Encontrei cintos, carteiras, chaveiros e canetas”, disse o advogado ao revelar o que mais apreciou . “… foi o relógio com o modelo Astro Turbilhão no valor de R$ 354 mil”, finaliza Bordaberry.

De olho nos mercados emergentes, a marca de luxo francesa exibiu o curta curta-metragem L’Odysée. O filme de três minutos e meio tem como protagonista a pantera, que representa a marca, passeando por vários  países e histórias que influenciaram a Cartier ao longo dos 165 anos da grife.

As nações do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), mercados emergentes para a empresa, são as grandes estrelas da produção, mas o destaque é o aviador brasileiro Santos Dumont com um relógio de pulso da marca, uma referência ao verdadeiro objeto de desejo do brasileiro. A marca é de luxo, mas a produção do curta é uma obra de arte. Confiram!