Hoje é dia do Malandro: Documentário sobre Chico Buarque chega aos cinemas

26 de novembro de 2015

Imagine só um Brasil sem Chico Buarque. E também sem Geni, Beatriz, Pedro, Pedreiro, Rita. O talento de Chico foi nos presenteando com personagens que até hoje explicam de quem é feito o Brasil. Chico pode até ter fama de reservado e avesso a entrevistas, mas o cineasta Miguel Faria Jr. garante que o cantor é super aberto. Seus sambas se tornaram essenciais não apenas no cancioneiro nacional, mas na história do país e esse é um dos motivos de homenagear uma figura tão importante para a história do Brasil.

Chico Buarque e Miguel Faria Jr. (Foto: Divulgação

Com 71 anos, Chico Buarque ganha o documentário Chico – Artista Brasileiro que retrata o compositor a partir de musicais, textos e entrevistas, que estreia hoje (26) em todos os cinemas. Para a realização do projeto, o diretor, Miguel Faria Jr. teve que conviver com Chico durante muito tempo, por isso o laço de amizade entre ambos se tornou muito forte.

Chico canta no filme (Foto: Divulgação)

Chico Buarque e Miguel Faria Jr. (Foto: Divulgação)

Pai de Chico (Foto: Divulgação)

Chico abriu as portas de seu apartamento no Leblon (Rio) e conta não somente de sua carreira artística, mas de assuntos mais íntimos, como a forma que encontrou para se aproximar do pai na juventude ou do empenho a lembrar as notas de uma música no violão para fazer um dueto com a neta.

Chico Buarque e os livros (Foto: Divulgação)

Chico e Sérgio (Foto: Divulgação)

Making off da produção (Foto: Divulgação)

Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, o compositor conseguiu chegar mais perto do pai por meio da literatura, mais exatamente nos livros encontrados na biblioteca particular de Sérgio. Chico lia um livro e em seguida ia comentar com o pai. Foi por isso que ganhou essa definição de Tom Jobim: “O cara fala bem italiano, francês, inglês, sabe compor, cantar… Sabe tudo. Por isso, dou umas músicas a ele de vez em quando. Mas só de vez em quando, para não atrapalhar o menino”.

Chico Buarque e Tom Jobim (Foto: Divulgação)

Além das dez músicas que trilham e dão o fio condutor para o enredo do filme, o longa não traz só partes tocantes de sua vida, mas também um tom bem-humorado que está presente no depoimento do maestro retirado de uma antiga entrevista. “O Chico é do tipo que vai contar uma história e, quando acha graça dela, ri tanto que mal consegue chegar ao fim”.

Ensaios para o longa(Foto: Divulgação)

A parte mais marcante do documentário com certeza é poder acompanhar Chico em sua busca pela identidade de um irmão desconhecido na Alemanha e o ouvir o compositor dizer: “Me contaram que o meu irmão gostava da versão alemã da minha música ‘A Banda’. Olha isso! Então, quer dizer que ele me conheceu de certa forma”.