Prêmio MontBlanc incentiva projetos culturais no Brasil
Após uma onda de protestos que tomou conta do país no mês passado contra a extinção do Minc (Ministério da Cultura), uma marca francesa chega ao Brasil e se destaca ao incentivar projetos culturais. Em sua primeira edição no país, o Prêmio MontBlanc de la Culture Arts Patronage foi entregue na noite da última segunda-feira (07/06), no Teatro Renaissance, em São Paulo.
Considerada o Oscar da Cultura, o Brasil passa a fazer parte da lista dos 16 países que receberam a premiação, instituída pela Fundação Cultural MontBlanc, em 1992. Neste ano, os projetos que disputaram o prêmio foram Cine Mambembe, de Laís Bodanzky e Luís Bolognesi, Projeto Inhotim, de Bernardo Paez, e Fundação Filarmônica Bachiana, do pianista e maestro João Carlos Martins. Entre os ganhadores das edições anteriores, estão Yoko Ono, príncipe Charles e rainha Sofia.
O vencedor foi escolhido por um júri internacional que, neste ano, contou com o embaixador da MontBlanc no Brasil, Rodrigo Santoro, a educadora Patrícia Rousseaux, o diretor do Teatro São Pedro, Paulo Esper e o executivo que representa a marca no Brasil, Alan dos Santos.
Logo após os finalistas serem apresentados, o projeto vencedor foi anunciado. Com muitos aplausos, quem subiu ao palco para receber a premiação foi Laís Bodanzky, do Cine Mambembe. O companheiro, Luís Bolognesi, não pode comparecer, mas gravou um vídeo de agradecimento. O casal realiza um forte trabalho social por meio da cultura e entretenimento.
O documentário Cine Mambembe é um projeto de exibição itinerante, que retrata a viagem do casal pelo interior do Brasil em praças públicas para pessoas sem acesso à sala de cinema. Nestes locais, Laís e o marido exibiam filmes brasileiros de longa-metragem e entrevistavam o público que tinham contato com o cinema brasileiro pela primeira vez.
Além do troféu, os ganhadores desta edição receberam um cheque de 15 mil euros, que será revertido em um projeto cultural, e uma caneta-tinteiro Montblanc Patrono das Artes, coleção criada em 1992. A premiação já beneficiou 230 projetos culturais em todo o mundo, que juntos movimentaram 4 milhões de euros.
Para fechar com chave de ouro, a noite de do evento encerrou com uma apresentação do pianista e maestro João Carlos Martins, que foi homenageado como herói da cultura.