Antes tarde do que nunca! Chatô – O Rei do Brasil estreia nos cinemas
Vamos dizer que foi quase um noivado. Chatô – O Rei do Brasil provavelmente vai entrar par a história do cinema como uma das produções mais conturbadas de todos os tempos. Para se ter uma ideia a produção demorou mais tempo para ser concluída do que a produção e lançamento de todos os filmes da trilogia original de Star Wars. O atraso pequenininho foi de inacreditáveis vinte anos! Antes tarde do que nunca, né?! Finalmente o filme chega as telonas e neste feriado todos já podem correr para os cinemas e assistir a esta produção.
O longa tem Guilherme Fontes na direção e conta a história do magnata das comunicações, Assis Chateubriand (Marco Ricca) que é a estrela principal de um programa de TV chamado O Julgamento do Século, realizado bem no dia de sua morte. É neste programa que Chatô relembra fatos marcantes de sua vida, como os casamentos com Maria Eudóxia (Letícia Sabatella) e Lola (Leandra Leal), a paixão não correspondida por Vivi Sampaio (Andréa Beltrão), como manipulava as notícias nos veículos de comunicação que comandava a estreita e conturbada ligação com Getúlio Vargas (Paulo Betti), que teve início ainda antes dele se tornar presidente.
O tom irônico e humorístico do drama brasileiro promete surpreender o público nas salas de cinema.
Alguns fatos que marcaram a vida do ilustre jornalista como a chegada da primeira transmissão de televisão no país, as publicações do grupo Diários Associados que apoiaram a revolução que levou Vargas à Presidência e o apoio de Chatô pelo presidente, a criação do MASP e o suicídio de Vargas ganham destaque no filme.
O filme teve suas filmagens interrompidas por falta de verbas, dando início a uma conturbada situação em cima do diretor, Fontes que havia captado mais de R$ 10 milhões pela Lei do Audiovisual. Pouco tempo depois da discussão sobre a má utilização do dinheiro público o Ministério da Cultura e a Ancine deram início a processos contra o diretor e sua produtora, Guilherme Fontes Filmes.
Na pré-estreia do filme, que aconteceu nesta terça (17), Guilherme Fontes disse que criaram uma grande farsa sobre o desvio de verba, e que não teve como se defender. “Tive dificuldade de concretizar o filme, que é épico, que fala sobre a mídia. Fui vitimado pelo personagem (Assis Chateaubriand) já que a mídia fala sobre todo mundo, mas não haviam ainda falado sobre ela”, afirmou.
Em 2008, a Controladoria- Geral da União determinou que Fontes e sua sócia Yolanda Machado Coeli deveriam devolver mais de R$ 36 milhões aos cofres públicos. Dois anos depois, foi condenado a três anos de prisão por sonegação fiscal, mas teve a pena convertida em prestação de serviços comunitários. O diretor recorreu das duas punições e ainda não houve um julgamento definitivo.
“Existe o Chatô que as pessoas conhecem, existe o Chatô da mídia e o Chatô que eu criei. Não estava preocupado em contar a história da vida dele, estava preocupado com o homem que ele foi e o que ele representou. Fazer essa estreia hoje é a mesma emoção de como se eu tivesse feito amor. O bom é que agora os críticos estão pegando mais leve comigo”, comentou o diretor.
E não acaba por aí, a bruxa estava mesmo solta! Durante as gravações da esperada cena do encontro entre Chatô e Getúlio no inicio da revolução de 1930, o trem onde estava sendo gravado o filme descarrilhou, devido à chuva torrencial que caía naquele momento. O lugar teve de ser evacuado às pressas, já que o nível da água subia rapidamente e poderia ocasionar uma tragédia. Ainda bem que ninguém se feriu!
No final tudo deu certo, agora vai lá e clica na galeria para conferir tudo!