Justiça, nova minissérie da Globo, conquista público alternativo
Justiça, a nova minissérie da Globo, estreou dia 22 de agosto e, com duas semanas de exibição, tem dado o que falar nos mais diversos locais: seja em salas de aula, no trabalho, na rua e até mesmo em mesas de bar. A minissérie inovou, tanto por abordar um tema polêmico e delicado, como pelo uso de fragmentação de narrativas, artifício que prende o espectador em um jogo de montagem de cenas.
A obra, escrita por Manuela Dias (a mesma autora da adaptação de Ligações Perigosas) e com direção artística de José Luiz Villamarim, tem 20 episódio e conta quatro histórias diferentes que se interligam em determinadas cenas, sendo cada dia da semana dedicado a uma história específica – com exceção de quarta-feira, quando não há exibição.
Apesar do tema justiça, a trama não trata do sistema penal ou qualquer outra questão jurídica, mas sim do conceito de justo sob o ponto de vista ético e das escolhas morais de cada um – tratando de questões como vingança, arrependimento, perdão e culpa.
Ambientada no Recife, em Pernambuco, cada núcleo tem um personagem que, por algum motivo, passou sete anos na prisão e agora precisa reconstruir sua vida. Com um elenco que reúne atores como Débora Bloch, Adriana Esteves, Leandra Leal e Cauã Reymond, por diversas vezes o público será surpreendido pelo cruzamento de histórias e personagens – assim, o que foi protagonista em um dia, no outro pode aparecer como mero coadjuvante.